Os Super Gorrila uniram-se para extrapolar a ideia de arte institucionalizada criada por especialistas para uma fracção muito específica da sociedade.

Através de desvios à retórica quotidiana urbana e de incursões nos diversos mecanismos de representação, os Super Gorrila apropriaram-se do conceito de marketing viral, para estruturar as suas intervenções artísticas, apontando para um espaço social mais alargado e diverso, interrompendo percursos despreocupados com apontamentos cuidados e acutilantes criando o rumor de um novo produto ou serviço, neste caso especifico, Arte.

Uma Arte que procura o encontro, a comunicação e a partilha, que pesquisa variações formais do existente para reinventar, reintroduzir e re-apresentar o mundo ao mundo. Fazer igual mas de outra maneira.

SUPER GORRILA a obrar desde 2009.

supergorrilas@gmail.com

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Um Segredo dos Deuses





Um Segredo dos Deuses

Em tempos de bonança, todos os deuses são menores e, vêem-se gregos para entrar em espectáculos M18. Mas, como quem semeia botões, colhe cordões, a solução é simples:

Apresentar-se. Confiante e em antemão com sapatos de fivela. Arrancar. O botão frontal das calças. Este só lhe irá denunciar as boas intenções. Atire-o. Para bem longe. De preferência para dentro de água. Eles morrem de medo de morrer afogados. Entrar. Uma vez lá dentro, todo o cuidado é pouco. Vigie-se. Sempre que lhe oferecerem um aperitivo, aceite educadamente, mas não ingira! Eles contêm niveladores regulares estabilizantes que depressa o tornarão num deles. Cuspa. O mais delicadamente possível para o chão. Pode ser que alguém pise o mastigado e o leve para longe de si. Escute. Se prestar atenção, todos estão a falar do mesmo mas em tempos verbais diferentes. De um lado chove, do outro verte. Proteja-se. Leve consigo anti-corpos numa pequena botelha de prata. Beba. Whisky também serve mas dá mais nas ventas. Disfarce. Veja se é possível interpelar a mulher mais bonita e comprometida da sala. Seduza-a. No meio da confusão, trinque-lhe o mamilo esquerdo enquanto lhe apalpa o crânio. Sorria. Invoque o Seu nome em vão e dirija-se para as escadas. Espere. Os efeitos secundários depressa se dissiparão. Observe. Trace uma linha recta imaginária até o outro lado da sala e vai ver que para lá chegar fez muitos desvios. Acalme-se. É perfeitamente normal sentir-se desorientado com tanta mistura mofo/channel nº5 existente nestes eventos. Respire. Transpiração e dor de burro são sinais de fraqueza social e facilmente detectados por um dos clones Bobone. Vulgarmente, o de serviço. Invente. Toda a gente aprecia novas formas de esgalhar o pessegueiro mas… Controle-se. Não deixe vir a si a razão por muito que lhe apeteça. Cogite. Existem imensas formas de encapotar volumes incómodos. Agrupe. Reúna as condições estritamente necessárias e suficientes no bolso interior do casaco para poder justificar toda a medra que fez como sendo obra do destino. Assegure-se. Olhe para trás como quem anda para a frente e certifique-se que ninguém o segue. Fale com a Marta para que ela ponha tudo sobre rodas. Exponha. Se todos pensarem que é artista tudo lhe é permitido. Negue. À partida todas as ciências estão atrás da linha de meta e são candidatas à chegada. Corra. Com os braços no ar ninguém o pode parar. Detenha-se. Se sentir o cebolo entre os sovacos estará no ponto. Lembre. A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem suceder o sucesso. Coadune. Em doses moderadas porque faz mal à saúde. Finalmente e depois disto tudo, Grite: Arte para todos menos para um.

Nota de roda-chulé: nada disto garante a qualidade do espectáculo que irá assistir e se adormecer ninguém o levará a mal. Afinal arte é movimento e os artistas a sua pílula pessoal de memória. Esquecendo-se de tomar, todo este processo pode ser extenuante.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Coitadinho........


Fabrica dos Leões em Évora

Coitadinho do Ganso...
Mas vai dar um bom jantar...


Mas será que o ganso representa-me a mim...
E a todos nos que estamos do lado de lá da barreira...
....
....


Socoooooooorrrrrrrrrrrrrroo......................................
Não quero ser jantar...

Mas já que é para ser, dêem-me um tiro de uma vez por todas,
em vez de me enfiarem o funil pela garganta abaixo, e me de alimentarem a força
com ilusões desmesuradas e tangas que não enganam nem o Pai Natal.




PANG.........